Os proprietários e gestores de AL não dinamizam o seu plano de tarifas.
A questão de criar um plano de tarifas e de o manter intacto até ao final do ano ainda é um tema presente em eventos e reuniões de empresas de gestão do alojamento local. Um elevado número de anfitriões não acompanha os preços de mercado e não faz alterações às tarifas com frequência.
Atualmente, existem, no mercado, diversas opções de softwares que permitem a automatização da análise da tarifa mas há também várias formas de o fazer manualmente. No entanto, as mesmas justificações levantam-se constantemente: falta de tempo, falta de acesso a informação ou falta de conhecimento.
O preço é a base da rentabilidade de um Alojamento Local, o anfitrião que não dedica parte do seu tempo a analisar tarifas, mercado, procura, tendências e estatísticas não consegue melhorar a rentabilidade do alojamento e procura outros fatores para justificar a falta de reservas ou a falta de conversão de uma consulta. É certo que há inúmeros fatores a influenciar o número de reservas e a rentabilidade do alojamento, como a taxa de aceitação, posicionamento nas plataformas e a persistência em não aceitar reservas automáticas.
Num mundo cada vez mais (ou completamente) tecnológico, o acesso imediato à informação e à concorrência, não permite um “vou confirmar atempadamente”. Os 5 minutos que o viajante aguarda pela sua resposta, é tempo suficiente para escolher, pagar e confirmar uma reserva no alojamento ao lado do seu (a sua concorrência).
O que nos introduz um tema muito importante.
A tecnologia tem sido uma força motriz na indústria do turismo, revolucionando a maneira como os turistas planeiam e reservam as suas viagens.
Segundo a Coordenadora Vertical da Área de Turismo & Hospitalidade da Universidade Europeia, Sofia Almeida, a tecnologia tem sido uma força motriz na indústria do turismo, revolucionando a maneira como os turistas planeiam e reservam as suas viagens. A ascensão da Internet e dos dispositivos móveis facilitou a pesquisa e reserva de férias, com apenas alguns cliques num botão.
O planeamento de uma viagem tem vindo a ser impactado pela tecnologia. Longe vão os dias em que os viajantes tinham que passar horas numa agência de viagens, a folhear brochuras e a procurar as melhores ofertas. O papel do agente de viagens não perdeu importância, note-se. Foi simplesmente alterado.
No sentido de melhor planear as viagens, a Internet oferece aos futuros turistas o acesso a uma grande quantidade de informação sobre destinos, alojamento, atividades de lazer e entretenimento, bem como a possibilidade de comparar preços, ler avaliações e analisar fotografias de possíveis destinos. As plataformas de social media como Facebook e o Instagram, a título de exemplo, também se tornaram fontes populares de inspiração para viagens, permitindo que os turistas vejam o que outras pessoas experimentaram e partilhem as suas próprias experiências de viagem.
A ascensão do e-Commerce tem sido outro catalisador para o crescimento da tecnologia na indústria do turismo. As agências de viagens on-line (OTAs), facilitaram o processo de reservar as férias ideais. Estas plataformas oferecem uma ampla gama de opções, desde alojamento económico a resorts de luxo. Acrescenta-se, o comércio eletrónico permitiu que as agências de viagens alcançassem novos mercados, desenvolvendo a capacidade de oferecer os seus produtos e serviços aos clientes espalhados por todo o mundo.
A análise de dados tornou-se também uma ferramenta crítica para a indústria do turismo, permitindo que as empresas compreendam melhor os seus clientes, identificando necessidades e gerindo expectativas, de forma a melhorar a experiência do viajante. Ao analisar dados sobre o comportamento e as preferências dos viajantes, as empresas identificam tendências e tomam decisões informadas sobre os seus produtos e serviços.
Por exemplo, a análise de dados pode ser usada para identificar os destinos e alojamento mais populares e determinar os melhores horários para promoções e descontos. A análise de dados, pode ainda ser utilizada para personalizar a experiência do turista, recomendando destinos, alojamento e atividades adaptadas às preferências e interesses individuais de cada um.
A tecnologia tem vindo a transformar a indústria do turismo, dando às cidades do mundo, a capacidade de aprimorar a experiência do viajante de maneiras inovadoras e que todos os dias melhoram a sua oferta e a sua relação com os locais, os residentes, os turistas, os visitantes e todos aqueles que por lá já passaram e tantos outros que ainda hão de passar.
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